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AULA DE MÚSICA © Capiranhas do Parahybuna. Agosto 2022 Diagramação e Projeto gráfico Otávio Campos Tradução para o espanhol Nohora Arrieta Fernández Tradução para o inglês Brenda Saraí Jaramillo Aula de Música é um poema em quadrinhos escrito e desenhado pela poeta portuguesa Patrícia Lino. Tendo como ponto de partida a releitura da relação entre Orfeu e seu irmão menos conhecido, Lino, o poema traz elementos presentes na linguagem da poeta, como a ternura e o humor, mas também uma faceta até então inédita de Patrícia Lino: a de quadrinista. A edição conta com o texto original, em português, e com versões em espanhol e inglês. [Do texto de apresentação das Capiranhas do Parahybuna] Acostumadas e acostumados que talvez estejamos a nos deparar com obras literárias nas quais as imagens são encaradas com uma espécie de “extra”, podemos encontrar em “Aula de música” uma oportunidade para inaugurar novas percepções, abrindo espaço para outros modos de recepção dessas linguagens, uma vez que neste livro as imagens não complementam o texto poético e nem o contrário. O texto anterior já era, sim, por si só, um belo poema, entretanto, o que surge na visão de cada quadro é de outra ordem, novos significados se revelam nos traços, nas pausas, nas expressões dos personagens, nas escolhas do que vai ser ou não mostrado, no escuro e no claro dos desenhos em preto e branco e, principalmente, nos cortes, closes e espaços vazios. [Excerto do posfácio de Laura Assis] Se o poema “Aula de música” reconta o pouco conhecido mito grego de Lino, o HQ Aula de música faz um movimento de recontagem tanto do poema que a si próprio deu origem quanto do mito que originou o poema. Ao que parece, o HQ Aula de Música opera ora no furto de uma poética já validada pela lógica colonial das universidades do hemisfério norte, ora no furto de um gênero textual ainda muito pouco discutido no contexto dos estudos literários: cabe, pois, ao(à) leitor(a) bem transitar entre o Grego Clássico e a Pop Art. [Excerto da resenha de Bianca Mayer. Ler aqui.] Revisitar os mitos que parecem consolidados em nosso imaginário –nesta sociedade da aceleração, como se refere Harmut Rosa, em livro homônimo –em que, por mais que tenhamos a tecnologia para economizar o tempo, cada vez temos menos tempo para fazer as coisas que queremos –é colocar em cheque as próprias bases deste imaginário e desta sociedade. Ousar penetrar num livro tão poderoso e vigoroso quanto é a Ilíada, ainda que de forma bem lateral e timidamente a partir de uma personagem apenas minimamente citada sem importância, é se permitir questionar essa Grécia masculina, branca e loura [Excerto do artigo de Karina Frez Cursino e Adriano Guedes Carneiro. Ler aqui.] LANÇAMENTO(S) 27 DE AGOSTO DE 2022 COM LAURA ASSIS E OTÁVIO CAMPOS A CAPIVARA CULTURAL — SÃO PAULO, BRASIL 6 DE SETEMBRO DE 2022 COM LAURA ASSIS E OTÁVIO CAMPOS ESPAÇO CONTEMPORÃO — JUIZ DE FORA, BRASIL |